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domingo, 15 de maio de 2011

Linçao biblica

                                         Igreja Evangélica Assembleia de Deus – Recife / PE
                                         Superintendência das Escolas Bíblicas Dominicais
                                         Pastor Presidente: Ailton José Alves
                                        Av. Cruz Cabugá, 29 – Santo Amaro – CEP. 50040 – 000 Fone: 3084 1524

                                      LIÇÃO 02 – NOMES E SÍMBOLOS DO ESPÍRITO SANTO

INTRODUÇÃO
Neste segunda lição do trimestre, estudaremos os Nomes e os Símbolos do Espírito Santo, que descrevem Sua natureza, atributos e Suas obras. Tendo em vista que o Espírito Santo é “Deus”, e, consequentemente, impossível de ser compreendido em sua plenitude, Ele é descrito na Bíblia Sagrada através de Seus Nomes e Símbolos, para que pudesse facilitar a nossa compreensão.
I – OS NOMES DO ESPÍRITO SANTO
A Bíblia descreve diversos Nomes e Títulos atribuídos ao Espírito Santo, os quais revelam, além de Sua personalidade e divindade, Seus atributos, natureza, bem como as Suas obras. Vejamos alguns:
1.1 Espírito Santo. Assim como Deus é santo (I Pe 1.16) e Jesus é santo (At 2.27), o Espírito também o é (Sl 51.11; Is 63.10,11; Mt 1.18,20; 3.11; Lc 1.35; Jo 14.26; I Ts 4:7-8). Este nome aparece cerca de cem vezes nas Sagradas Escrituras e está diretamente relacionado à santificação, pela atuação do Espírito Santo, pois, uma das principais atribuições do Espírito Santo é promover a santificação (Rm 1.4; 15.16; I Co 6.11; II Ts 2.13).
1.2 Espírito de Deus. Este nome aparece em diversos textos, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento (Ex 35.31; Jó 33.4; Mt 3.16; 12.28; Rm 15.19; I Co 2.11). É natural que o Espírito Santo seja chamado Espírito de Deus, visto que ele é enviado por Deus (Jo 15:26). A Bíblia também o chama de Espírito de Deus, porque Deus age através dEle para chamar os pecadores (Jo 6:44) e para guiar os crentes (Rm 8:14). Encontramos este nome divino no início da Bíblia, associado diretamente à obra da criação, onde nos é dito que "o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas" (Gn 1.2), onde Ele aparece como co-participante da criação. Em outras passagens das Escrituras, este nome aparece também, ligado diretamente à criação, à renovação da terra e à regeneração da pessoa humana (Gn 6.3; 41.38; Jo 33.4; Rm 8.9; 1 Co 3.16).
1.3 Espírito de Cristo. O Espírito Santo é chamado o Espírito de Cristo (Rm 8.9; I Pe 1.11), porque foi derramado por Jesus sobre os crentes. Várias vezes Jesus disse que o Espírito Santo viria em seu lugar e continuaria seu trabalho. Disse também que a vinda do Espírito Santo para habitar nos corações dos crentes seria a vinda do próprio Cristo (João 14:16-20). E ainda, que o Espírito testificaria dEle (Jo 15:26). Além desses motivos, podemos afirmar ainda que o Espírito é chamado de “Espírito de Cristo” porque:
. É enviado em nome de Cristo (Jo 14:26).
. É enviado por Cristo (Jo 16.7).
. Sua missão especial nesta época é a de glorificar a Cristo (Jo 16:14).
. O Cristo glorificado está presente na igreja e nos crentes pelo Espírito Santo (Gl 2:20; Rm 8:9,10).
1.4 Consolador. A palavra "Consolador" ("parácleto", no grego) significa alguém chamado para ficar ao lado de outrem, com o propósito de ajudá-lo em qualquer eventualidade, especialmente em processos legais. Era costume nos tribunais antigos, as partes aparecerem nos tribunais assistidas por um ou mais dos seus amigos, que no grego chamavam de "parácleto", e em latim, "advocatus". Estes assistiam seus amigos, não pela recompensa ou remuneração, mas por amor e consideração. Quando Jesus disse: "Eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que esteja convosco para sempre" (Jo 14:16), Ele identificou-se como o primeiro Consolador, e que, após a sua partida, rogaria ao Pai para que Ele enviasse “outro Consolador” (Jo 14.16,26; 15.26; 16.7).
1.5 Espírito da Promessa. O Espírito Santo é chamado assim porque sua manifestação e poder são prometidos no Antigo Testamento (Jo 2:28,29). A prerrogativa mais elevada de Cristo, ou do Messias, era a de conceder o Espírito; e esta prerrogativa Jesus a reivindicou quando disse: "Eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai" (Lc 24:49).
1.6 Espírito da Verdade. A Bíblia diz que Deus é a verdade (Jr 10.10); Jesus é a verdade (Jo 14.6) e o Espírito Santo também é a verdade (I Jo 5.6). Ele veio para nos guiar em toda a verdade (Jo 16.13,14. Assim como o propósito da Encarnação foi revelar o Pai (Jo 14.6-9); a missão do Consolador é revelar o Filho (Jo 16.13).
1.7 Espírito de Adoção. Quando a pessoa é salva, não somente lhe é dado o nome de filho de Deus (Jo 1.12), e adotada na família divina (Ef 2.19), mas também recebe "dentro de sua alma” o conhecimento de que participa da natureza divina (Rm 8:15). Assim como Cristo é nossa testemunha no céu; aqui na terra, o Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus (Rm 8.16).
Em Lucas 11.20, o Espírito Santo é chamado de “O dedo de Deus”; em Atos 5.4, de “Deus”; em Apocalipse 19.10, de Espírito de Profecia; e, em Isaías 11.2, Ele é descrito com diversos títulos que representam a Sua plenitude: “E repousará sobre ele o Espírito do Senhor, e o Espírito de sabedoria e de inteligência, o Espírito de conselho e de fortaleza, e o Espírito de conhecimento e de temor do Senhor”.
II – OS SÍMBOLOS DO ESPÍRITO SANTO
Para uma melhor compreensão da natureza e obra do Espírito Santo, Deus as ilustrou através dos símbolos, nas páginas das Sagradas Escrituras, pois, de outra maneira, muitas de Suas características e atributos, jamais poderíamos
conhecer. Vejamos:
2.1 Fogo. O Espírito é comparado ao fogo porque o fogo aquece, ilumina, espalha-se e purifica (Is 4.4; Jr 20:9; Mt. 3:11; Lc 3:16). O fogo ilustra a limpeza, a purificação e o zelo produzido pela unção do Espírito. O fogo também é sinal da presença de Deus, pois, as manifestações de Deus, algumas vezes, eram acompanhadas pelo fogo (Êx 3.2; 13.21,22; 19.18; Dt 4.11). No AT, a ordem divina era conservar o fogo aceso diuturnamente (Lv 6.13), como sinal evidente da presença de Deus no meio do seu povo. E, no NT, a ordem divina é a mesma (1 Ts 5.19). Assim, a chama do Pentecostes deve estar sempre acesa em nossos corações.
2.2 Vento. O vento simboliza a obra regeneradora do Espírito e é indicativo da sua misteriosa operação, independente, penetrante, vivificante e purificante.(Ez 37:7-10; Jo 3:8; At 2:2). Isto porque: 1) O vento penetra em todos os lugares, assim como o Espírito Santo; 2) O vento está em movimento constante, assim o Espírito Santo trabalha continuamente; 3) O controle da direção do vento não depende da nossa vontade. Ele sopra onde quer (Jo 3:8); e 4) Quando o vento sopra, refrigera o ar e o enche de vitalidade. Da mesma maneira, age o Espírito Santo no crente.
2.3 Água. O poder do Espírito Santo opera no reino espiritual o que a água faz na ordem material (Êx 17:6; Ez 36:25-27; 47:1-5; Jo 3:5; 4:14; 7:38, 39). A água purifica, refresca, sacia a sede, e torna frutífero o estéril. Ela purifica o que está sujo e restaura a limpeza. É um símbolo adequado da graça divina que não somente purifica a alma, mas também lhe acrescenta a beleza divina. Assim como a água é um elemento indispensável à vida física, o Espírito Santo é indispensável à vida espiritual. Assim como a água encontra-se em três regiões do Universo, ou seja, na expansão dos céus (Gn 1.6-10); sobre a face da terra (Gn 7.11), e debaixo da terra (Jo 38.30), o Espírito Santo opera nas três dimensões da constituição humana, produzindo a regeneração do espírito, da alma e do corpo (1 Ts 5.23), produzindo uma “lavagem da regeneração e da renovação" (Tt 3.5).
2.4 Selo. Essa ilustração exprime os seguintes simbolismos: 1) Possessão. A impressão dum selo dá a entender uma relação com o dono do selo, e é um sinal seguro de algo que lhe pertence. Os crentes são propriedades de Deus, e sabe-se que o são pelo Espírito que neles habita. 2) A ideia de segurança (Ef 1:13) O Espírito inspira um sentimento de segurança e a certeza no coração do crente (Rm 8:16). O selo, como figura do Espírito, traduz também diversos outros significados, tais como: garantia (Gn 38.18), juramento (Jr 22.24), autenticidade (I Co 9.2), redenção (Ef 4.30); etc. Podemos afirmar, então, que fomos selados com o selo da promessa, que nos dá a garantia de pertencermos somente a Deus (Ef 1.13; II Tm 2.19).
2.5 Azeite. O azeite é, talvez, o mais comum e mais conhecido símbolo do Espírito. Quando se usava o azeite no ritual do AT, falava-se de utilidade, frutificação, beleza, vida e transformação. Geralmente era usado como alimento, para iluminação, lubrificação, cura, e alivio da pele. Da mesma maneira, na ordem espiritual, o Espírito fortalece, ilumina, liberta, cura e alivia a alma. Na Bíblia, o azeite da unção era usado para consagração de pessoas, tais como reis (1 Sm 10.1; 16.13), sacerdotes (Lv 8.30) e profetas (1 Rs 19.16), ou seja, era um privilégio apenas de alguns. Porém hoje, este "azeite" é derramado sobre todos nós, pois agora somos a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, e o povo adquirido (I Pe 2.9) e temos a unção do Santo (I Jo 2.20).
2.6 Pomba. A pomba, como símbolo, significa brandura, doçura, amabilidade, inocência, paz, pureza e paciência. Por ocasião do batismo de Jesus, o Espírito Santo desceu sobre ele em forma corpórea, como uma pomba. Mas, não significa dizer que o Espírito Santo seja uma pomba, e sim, que Ele manifestou-se como uma pomba (Mt 3.16; Mc 1.10; Lc 3.22). A pomba é um dos símbolos da paz, e uma das características do fruto do Espírito é a paz (Gl 5.22). Assim, quando Ele passa a habitar em nós, transmite-nos a verdadeira paz.
2.7 Chuva. Tiago, o irmão do Senhor Jesus e autor da epístola que leva o seu nome, menciona "as primeiras chuvas e últimas chuvas", como sendo a "chuva temporã e serôdia", baseado na metáfora agrícola (Tg 5.7). O apóstolo sabia muito bem dessas chuvas, por experiência pessoal. Na Palestina, as primeiras chuvas provêem umidade à semente recém-plantada, para que possa germinar. Portanto, é sinal para a semeadura. Já as últimas chuvas, são necessárias para que a semente amadureça. Na metáfora de Tiago, o simbolismo é perfeito: o Espírito Santo desceu no dia de Pentecostes, preparando assim a terra para a grande semeadura da Palavra de Deus. Depois, no decorrer dos séculos, as últimas chuvas, ou seja, suas manifestações contínuas neste mundo, especialmente onde a vontade de Deus é aceita, têm produzido o amadurecimento e garantido uma safra de almas abundantes (Jo 4.35-38). No final, aparece o "precioso fruto da terra" como o resultado satisfatório da chuva, da semeadura e da colheita.
CONCLUSÃO
Para que nós pudéssemos compreender a natureza, atributos e, principalmente a ação do Espírito Santo em nossas vidas, Deus fez com que diversos nomes e símbolos fossem inseridos nas Sagradas Escrituras. Por esta razão, encontramos nas páginas da Bíblia o Espírito Santo sendo chamado de Espírito Santo, Espírito de Deus, Espírito de Cristo, Consolador, bem como também, sendo representado por diversos símbolos, tais como: fogo, vento, água, pomba, óleo, e muitos outros que, por exiguidade, não mencionamos neste esboço.
REFERÊNCIAS
. A existência e a Pessoa do Espírito Santo. Severino Pedro da Silva. C.P.A.D.
. Conhecendo as Doutrinas da Bíblia. Myer Pearlman. Vida.
. O que a Bíblia diz sobre o Espírito Santo. Stanley Horton. C.P.A.D.
. Teologia Sistemática. Eurico Bérgsten. C.P.A.D.

terça-feira, 29 de março de 2011

Licçoes da biblia

Igreja Evangélica Assembleia de Deus – Recife / PE
Superintendência das Escolas Bíblicas Dominicais
Pastor Presidente: Ailton José Alves
Av. Cruz Cabugá, 29 – Santo Amaro – CEP. 50040 – 000 Fone: 3084 1524

                                       LIÇÃO 01 – QUEM É O ESPÍRITO SANTO
INTRODUÇÃO

Neste segundo trimestre do ano, em comemoração ao Centenário das Assembleias de Deus no Brasil, estudaremos sobre o Movimento Pentecostal, as doutrinas da nossa fé. Nesta primeira lição, nos dedicaremos ao estudo acerca do Espírito Santo, que é a Terceira Pessoa da Trindade, onde abordaremos sobre Sua divindade e personalidade; Sua atuação no Antigo e Novo Testamentos, bem como na experiência humana.
I – QUEM É O ESPÍRITO SANTO
O Espírito Santo é a Terceira Pessoa da Trindade (Mt 28.19; II Co 13.13). Ele é chamado de Espírito Santo porque Sua obra principal é a santificação. Por intermédio dEle, Deus opera na esfera espiritual, convencendo os pecadores (Jo 16.8), regenerando e santificando os crentes (Jo 3.5-8; Rm 15.16; I Co 6.11; II Ts 2.13; I Pe 1.1,2); e, capacitando-os a fazer a Sua obra (At 1.8). Apesar dos esforços que muitos têm empreendido para negar Sua existência, podemos afirmar, à luz das Sagradas Escrituras, que o Espírito Santo é uma pessoa, pois Ele é dotado de personalidade; e também é divino, pois Ele possui atributos exclusivos da Trindade, como nos ensina a Pneumatologia, que é a ciência que estuda a pessoa, obra, natureza, atributos e manifestações do Espírito Santo.
II – A PERSONALIDADE E A DIVINDADE DO ESPÍRITO SANTO
Embora que algumas seitas heréticas tentem negar a personalidade e a divindade do Espírito Santo, afirmando que Ele é apenas uma energia, ou uma força ativa de Deus, Seus atributos e atividades desmentem essa falsa teoria. Vejamos:
2.1 A Personalidade do Espírito Santo. A Bíblia ensina que o Espírito Santo é uma pessoa, pois, além de possuir sentimento, intelecto e vontade, Ele age como uma pessoa e faz coisas que uma força ou energia jamais poderiam fazer. Vejamos:
* Ele fala (At 13.2; Ap 2.7);
* Ele guia (At 8.29; Rm 8.14);
* Pode-se resistir a Ele (At 7.51);
* Ele intercede (Rm 8.26);
* Ele pode impedir (At 16.6,7);
* Pode-se mentir a Ele (At 5.3,4);
* Ele testifica (Jo 15:26);
* Ele tem vontade própria (I Co 12.11);
* Pode-se entristecê-Lo (Ef 4.30);
* Ele ama (Rm 15.30);
* Ele ensina e faz lembrar (Jo 14.26);
* Pode-se blasfemar contra Ele (Mt 12.31,32).
2.2 A Divindade do Espírito Santo. Em toda a Bíblia, podemos ver claramente que o Espírito Santo é Deus; pois, além de possuir atributos divinos, Ele faz coisas que somente Deus pode fazer. Vejamos:
* Ele é eterno (Hb 9.14);
* Ele é chamado “Deus” (At 5:3,4);
* Ele é Todo-Poderoso (Lc 1.35; I Co 12.11);
* Ele é mencionado junto com o Pai e o Filho (Mt 28.19; II Co 13.13);
* Ele é Onipresente (Sl 139.7-10);
* Ele é criador (Jó 33.4; Sl 104.30);
* Ele é onisciente (I Co 2.10,11);
* Ele inspirou a Palavra de Deus (I Pe 1.11; II Pe 1.21; cf II Tm 3.16).
III – A ATUAÇÃO DO ESPÍRITO SANTO NO ANTIGO TESTAMENTO
Diversas vezes a Bíblia descreve a atuação do Espírito Santo no AT. Vejamos algumas:
3.1 O Espírito Santo na Criação. A primeira referência ao Espírito Santo no AT é em Gn 1.2, onde a Bíblia diz que “... o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas”. Algumas versões trazem "mover-se", mas a palavra hebraica é "estar sobre". Assim como uma galinha fica sobre seus ovos para chocá-los e trazer nova vida ao mundo; da mesma maneira o Espírito Santo pairou sobre a criação, para encher seu vazio com as várias formas de vida, de onde resultou o relato de Gênesis 1 e 2. Assim, desde o princípio, o Espírito Santo estava ativo na criação, junto com o Pai e o Filho (Jó 26:13; 33.4; Sl 33:6; 104:30).
3.2 O Espírito Santo agindo nos líderes de Israel. No AT, o Espírito Santo atuava, principalmente, na vida dos juízes, profetas, sacerdotes e reis, como por exemplo: Josué (Nm 27:18-21); Otoniel (Jz 3:9-10; José (Gn 41:38-40); Bezaleel (Êx 35:30-31); Moisés (Nm 11:16,17); Gideão (Jz 6:34), Jefté (Jz 11:29); Sansão (Jz 13:24,25); Saul (1 Sm 10:6); Davi (I Sm 16.13) e outros. Podemos entender, então, que Ele atuava de maneira específica e temporária, sobre pessoas específicas, e para obras específicas. O derramamento geral do Espírito é mencionado como um evento futuro (Jl 2.28,29).
Encontramos no AT três expressões utilizadas para a atuação do Espírito Santo nas pessoas:
 Ele vinha sobre alguém: "O Espírito de Deus se apoderou de Zacarias” (II Cr 24:20).
 Ele repousava sobre alguém: "O Espírito repousou sobre eles" (Nm 11:25).
 Ele enchia alguém: "Eu o enchi do Espírito de Deus" (Êx 31:3).
IV - A ATUAÇÃO DO ESPÍRITO SANTO NO NOVO TESTAMENTO
Com exceção da Segunda e Terceira Epístola de João, todos os livros do N.T. contém referências à pessoa e obra do Espírito Santo, onde podemos ler sobre a ação do Espírito Santo na vida de Cristo, dos pecadores e, principalmente dos servos de Deus. Vejamos alguns exemplos:
4.1 O ESPÍRITO SANTO NA VIDA DE CRISTO. A Terceira Pessoa da Trindade é mencionada em diversas ocasiões da vida e ministério de Cristo.
4.1.1 No Seu nascimento. O Espírito Santo é descrito como o Agente Miraculoso na concepção de Jesus (Ma 1.20; Lc 1:35).
4.1.2 No Seu batismo. Por ocasião do batismo, o Espírito Santo desceu sobre Ele numa forma corpórea de uma pomba (Mt 3.16; Mc 1.10; Lc 3.22; Jo 1.32,33).
4.1.3 No Seu ministério. O ministério de Jesus foi marcado pela presença do Espírito Santo (Mc 1.12; Lc 4.18,19; At 10.38).
4.1.4 Na Sua morte. Nesse momento tão crucial, o Espírito de Deus não poderia estar ausente (Hb 9.14).
4.1.5 Na Sua ressurreição. O Espírito Santo foi o agente vivificante na ressurreição de Cristo (Rm 1:4; 8:11).
Em suma, podemos afirmar que Jesus foi concebido pelo Espírito (Lc 1:35); guiado pelo Espírito (Lc 4:1); ungido pelo Espírito (Lc 4:18; At 10:38); revestido com poder pelo Espírito (Mt 12:27, 28); ofereceu a Si mesmo pelos nossos pecados, pelo Espírito (Hb 9:14); foi ressuscitado pelo Espírito (Rm 8:11); e deu mandamentos por intermédio do Espírito (At 1:2).
4.2 O ESPÍRITO SANTO NA EXPERIÊNCIA HUMANA. O NT Descreve diversas atividades do Espírito Santo na experiência humana, de maneira que, à luz da Bíblia, podemos afirmar que seria impossível o homem ser salvo, sem a ação do Espírito em sua vida.
4.2.1 Ele convence. Em João 16:7-11 Jesus descreve a obra do Consolador em relação ao mundo, convencendo-o do pecado, da justiça e do juízo. Convencer, nesse texto, significa “levar ao conhecimento verdades que, de outra maneira, seriam postas em dúvida ou rejeitadas”; pois os homens não sabem o que é o pecado, a justiça e o juízo, necessitando, portanto, serem convencidos dessa verdade espiritual.
4.2.2 Ele regenera. A regeneração é o mesmo que “nascer de novo”, ou seja, o milagre que ocorre na vida de todo aquele que teve um encontro com Cristo, tornando-o participante da natureza divina. Através da regeneração, o homem passa a desfrutar de uma nova realidade espiritual, tornando-se uma nova criatura em Cristo (Jo 3.5-8; Tt 3.5).
4.2.3 Ele habita. No ato da regeneração, o Espírito Santo passa a habitar no crente, mantendo uma relação pessoal com o indivíduo. Esta união com Deus é chamada de habitação ou morada do Espírito em nós (Jo 14:17; Rm. 8:9; I Co 6:19; II Tm 1:14: I Jo 2:27; 3.24; Ap 3:20).
4.2.4 Ele reveste de poder e concede dons. Uma das principais atividades do Espírito Santo na vida do cristão é revesti-lo de poder (At 1.8), distribuindo dons espirituais (I Co 12.7-11) e capacitando-o a testemunhar de Cristo.
CONCLUSÃO
Sendo o Espírito Santo “Deus”, seria impossível defini-Lo ou descrevê-Lo em Sua plenitude. Por isso, nesse breve esboço, procuramos apenas descrever alguns atributos, bem como algumas de suas atividades que foram registradas nas Sagradas Escrituras, tanto no Antigo como no Novo Testamento. Sem esquecer-nos, no entanto, de que a atuação deste supremo Ser, não se limita às experiências que foram registradas nas páginas das Sagradas Escrituras; pois, Ele continua agindo, de maneira atuante e marcante, na vida dos pecadores, e, principalmente, dos servos de Deus, espalhados por todo o mundo.
REFERÊNCIAS
 A existência e a Pessoa do Espírito Santo. Severino Pedro da Silva. C.P.A.D.
 Conhecendo as Doutrinas da Bíblia. Myer Pearlman. Vida.
 O que a Bíblia diz sobre o Espírito Santo. Stanley Horton. C.P.A.D.
 Teologia Sistemática. Eurico Bérgsten. C.P.A.D.