quinta-feira, 3 de maio de 2012
Liçoes da EBD
Igreja Evangélica Assembléia de Deus – Recife / PE
Superintendência das Escolas Bíblicas Dominicais
Pastor Presidente: Ailton José Alves
Av. Cruz Cabugá, 29 – Santo Amaro – CEP. 50040 – 000
LIÇÃO 09 – DÍZIMOS E OFERTAS
INTRODUÇÃO
Nesta lição, veremos o que a Bíblia diz sobre os dízimos e ofertas, tanto no Antigo como no Novo Testamento,
os princípios bíblicos da contribuição, e as promessas para aqueles que contribuem. Veremos ainda que as
contribuições se constituem, não apenas como um ato de fé e de gratidão a Deus pelo que Ele nos tem concedido, mas
também, como uma fonte de prosperidade material; pois, o próprio Deus prometeu recompensar àqueles que
contribuem com alegria.
I – O QUE É DÍZIMO?
No AT encontramos duas palavras que definem o Dízimo: Asar, encontrada nos seguintes textos (Gn 28.22; Dt
14.22; 26.12; I Sm 8.15,17; Ne 10.37,38); e Maaser, encontrada em (Gn 14.20; Lv 27.30-32; Dt 12.6,11,17; Ml
3.8,10). Ambas significam “décima parte”. No NT existem duas formas verbais e uma nominal: Dekatóo, que significa
“dar a décima parte”, “dizimar” e aparece apenas duas vezes (Hb 7.6,9); Apodekatóo, que significa “dar a décima
parte”, “dizimar” (Mt 23.23; Lc 11.42; Hb 7.5); e a palavra Dekáte, que significa “décimo” que aparece apenas em (Hb
7.2,4,8,9). Podemos, então, dizer que a palavra Dízimo significa “décima parte de uma importância ou quantia” (Ml
3.10). O Dízimo, então, é uma oferta entregue voluntariamente à obra de Deus, constituindo-se da décima parte da
renda do adorador. É um ato de fé, amor e devoção àquEle que tudo nos concede.
1.1 O Dízimo no AT. Antes da Lei, já encontramos alguns exemplos de entrega dos dízimos: Abraão entregou os
dízimos a Melquisedeque, que era sacerdote do Deus altíssimo (Gn 14.18-20; Hb 7.4); e Jacó prometeu entregar o
dízimo de tudo, se o Senhor lhe abençoasse (Gn 28.18-22). Mas, foi na Lei que Deus estabeleceu princípios para a
entrega dos dízimos. Vejamos:
1.1.1 O que deveria ser dizimado. Os hebreus deveriam dizimar tanto dos bens agrícolas como de animais (Lv 27.30-
34);
1.1.2 A quem eram entregues os dízimos. De acordo com a Lei, os dízimos deveriam ser entregues aos sacerdotes e
levitas constituídos para o ministério do culto (Nm 18.21-32);
1.1.3 Onde deveria ser entregue os dízimos. Deus estabeleceu, pelo menos, dois locais para a entrega dos dízimos: o
Tabernáculo, durante a peregrinação no deserto; e o Templo de Jerusalém, após a construção do mesmo (Dt 12.1-14;
14.22-29; Ml 3.10).
1.2 O Dízimo no NT. O Senhor Jesus não apenas reconheceu a importância da prática do dízimo, mas também
recomendou (Mt 23.23); e, o apóstolo Paulo, escrevendo aos coríntios, fez referência ao dízimo para extrair o princípio
de que o obreiro é digno do seu salário (I Co 9.9-14 cf Lv 6.16,26; Dt 18.1). Se o Senhor Jesus, bem como o apóstolo
Paulo não reconhecessem a legitimidade dos dízimos, jamais teriam mencionado esta prática em seus ensinos.
II – O QUE SÃO OFERTAS ?
Ofertas são doações voluntárias, apresentadas a Deus em agradecimento pelo recebimento dos favores dEle
recebidos.
2.1 As ofertas no AT. Diversos termos definem a palavra oferta no AT. Um dos mais citados é minhãh, que aparece
mais de 200 vezes no AT e significa “oferta”, “dom”, “presente” ou sacrifício” (Gn 4.3; 32.13-15; 43.11; I Rs 10.25; Jz
3.15-23; II Sm 8.2). Outro termo é Terûmãh, e significa “oferta alçada”, “oferta” ou “oblação” e é encontrado cerca de
70 vezes no AT (Ex 25.2; 35.29; 36.3; Lv 7.16; 22.18). Vejamos alguns tipos de ofertas na Antiga Aliança:
2.1.1 Oferta em Agradecimento. Era uma oferta oferecida a Deus pelos imerecidos favores por Ele recebidos (Lv 3.1-
17);
2.1.2 Oferta Voluntária. Era apresentada a Deus como agradecimento por uma bênção recebida e tinha caráter de
ações de graças (Lv 22.23).
2.2 As ofertas no NT. Nas páginas Neotestamentárias, as ofertas eram realizadas, principalmente através de
contribuições. A igreja primitiva, por exemplo, contribuía com regularidade (At 4.36,37; 5.1,2). Em suas epístolas,
Paulo ensinou sobre o dever de contribuir (I Co 16.1-4; II Co cap. 8,9), e elogiou as igrejas que contribuíam (II Co 8.1-
4; 9.2). Além disso, na Epístola aos Romanos, ele descreve diversos dons, inclusive o de repartir (Rm 12.6-8).
III – PRINCÍPIOS BÍBLICOS PARA A CONTRIBUIÇÃO
Em suas epístolas, o apóstolo Paulo enumera alguns princípios sobre a contribuição. Vejamos alguns:
3.1 A contribuição deve ser proporcional ao que ganhamos: “No primeiro dia da semana cada um de vós ponha de
parte o que puder ajuntar, conforme a sua prosperidade” (I Co 16.2);
3.2 A contribuição deve ser realizada de forma voluntária, e com alegria: “Cada um contribua segundo propôs no seu
coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria” (II Co 9.7);
3.3 Quando Deus nos dá em abundância, é para que multipliquemos as boas obras: “E Deus é poderoso para fazer
abundar em vós toda a graça, a fim de que tendo sempre, em tudo, toda a suficiência, abundeis em toda a boa obra”
(II Co 9.8);
3.4 A colheita é proporcional ao plantio. “E digo isto: Que o que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que
semeia em abundância, em abundância ceifará.” (II Co 9.6).
IV - DÍZIMOS E OFERTAS, UMA FONTE DE BÊNÇÃO
“Os dízimos, ofertas e votos que eram feitos a Deus no Antigo Testamento jamais devem ser interpretados
como uma prática de barganha. A ideia de que Deus nos dará algo em troca ou que Ele agora é devedor, ficando na
obrigação de pagar tudo que nos deve, porque como dizimistas nos candidatamos a receber as bênçãos sem medida,
caracteriza sem dúvida alguma a prática da barganha”. (GONÇALVES, 2011, p. 148). No entanto, devemos entender
que existem diversas promessas nas Sagradas Escrituras para os dizimistas. Vejamos algumas:
4.1 A promessa da multiplicação. O Senhor prometeu multiplicar os bens: “Trazei todos os dízimos à casa do
tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se
eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal, que dela vos advenha a maior
abastança” (Ml 3.10).
4.2 A promessa da proteção. Quando entregamos ao Senhor aquilo que Lhe pertence, O devorador é repreendido: “E
por causa de vós repreenderei o devorador, e ele não destruirá os frutos da vossa terra; e a vossa vide no campo não
será estéril, diz o Senhor dos Exércitos” (Ml 3.11). O “devorador” significa circunstâncias adversativas, que podem
nos sobrevir; mas, se formos fiéis na entrega dos dízimos, ele será repreendido pelo Senhor.
4.3 A promessa da prosperidade material . Quando obedecemos a Deus, e Lhe entregamos parte dos nossos bens,
Ele nos fará prosperar materialmente: “Todas as nações vos chamarão felizes, porque vós sereis uma terra deleitosa,
diz o Senhor dos Exércitos” (Ml 3.12).
CONCLUSÃO
Como pudemos ver, os dízimos e ofertas faziam parte da adoração, tanto para os judeus como para os cristãos.
A Bíblia descreve os princípios para a contribuição, e nos ensina que devemos dizimar e ofertar, não para barganhar
com Deus, como que esperando algo em troca; mas, como um ato de fé, de gratidão e de adoração àquEle que nos
concede todas as coisas e que supre todas as nossas necessidades. Por isso, devemos contribuir, não para recebermos as
bênçãos de Deus; mas por que já somos abençoados.
REFERÊNCIAS
• ANDRADE, Claudionor Correia de. Dicionário Teológico. CPAD.
• BOYER, Orlando. Pequena Enciclopédia Bíblica. CPAD.
• CHAMPLIN, R. N. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. HAGNOS.
• GONÇALVES, José. Prosperidade à Luz da Bíblia. CPAD.
• OLIVEIRA, Raimundo de. As Grandes Doutrinas da Bíblia. CPAD.
• STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
• VINE, W. E, et al. Dicionário Vine. CPAD.
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